O projeto dessa residência, situada no Riacho Grande no município de São Bernardo do Campo, nasce tanto da relação com o exterior, como interior. Pensando na relação externa, ele se abre em duas frentes para a represa, pela fachada da rua obtém-se visão parcial da represa Billings, já pelos fundos a visão é total. Tais relações são observados, mas no caso desse projeto, a premissa maior é a relação que se tem com o terreno em si: 7 árvores nativas e o pedido dos clientes para que todas fiquem, de modo que a casa passa a ser voltada para elas, como o seu próprio nome sugere.
A partir dai é apenas uma questão de dispor o programa de modo a aproveitar o melhor das duas relações. O pavimento térreo se faz levemente escalonado por conta da variação dos níveis no terreno, na parte da frente garagem e a distribuição de circulação e espaços por meio de dois eixos. O social, ao lado esquerdo, te leva para a sala de estar e posteriormente por uma rampa ao espaço da churrasqueira que abriga um pequeno depósito e um vestiário, aos fundos o espaço da piscina. Pelo eixo da direita, os espaços destinados a serviços, depósito, lavabo, cozinha e lavanderia, e por fim chegando ao espaço da churrasquerira completando o circuito. Tais espaços são protegidos por uma laje de concreto com uma série de aberturas para iluminação e ventilação.
O pavimento superior se sustenta a partir de 4 paredes estruturais e se solta dessa laje de cobertura do pavimento térreo, tirando o sentido estático do volume e dando a ele a sensação de estar flutuando. Este pavimento abriga 3 suítes e um espaço de estudo.
A cobertura abriga um espaço de lazer, cinema ao ar livre e mirante e tem seu acesso feito a partir de uma escada externa.